Espionagem mental

Os Estados Unidos usaram clarividentes para tentar descobrir segredos dos seus inimigos. Mas os parapsicólogos dizem que não há como controlar a visão remota em laboratório.

por Aline Rochedo

A serviço da polícia

Talvez o filão mais rentável para os clarividentes seja a investigação policial. A americana Kathlyn Rhea leva o crédito pela solução de mais de uma centena de casos ao longo de três décadas. Um deles aconteceu na Califórnia com um homem chamado Russell Drummond. Ele estava acampando com a mulher, saiu para uma caminhada e não retornou. Mais de 300 policiais foram mobilizados no caso, mas seis meses se passaram e nada. Procurada pela mulher da vítima, Kathlyn descreveu o local, no meio da mata, onde dizia enxergar o cadáver de Russell. Com as pistas fornecidas pela clarividente, a polícia encontrou o corpo de Drummond, que havia morrido de ataque cardíaco. Apesar desse e de outros acertos, Kathlyn é vista por muitos como uma charlatã.

Mesmo quem realiza experimentos com a visão remota reconhece que, até o momento, os resultados não são satisfatórios. “Como os fenômenos parapsicológicos são, em quase sua totalidade, espontâneos, a sua repetibilidade em laboratório é de uma pobreza franciscana”, diz Valter da Rosa Borges, presidente do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas. “Isso não quer dizer que os casos de clarividência espontânea devam ser rejeitados e, sim, que eles não apresentam a segurança que nos é dada pela pesquisa experimental”, acrescenta Borges, reforçando a explicação de Quevedo sobre a dificuldade de comprovar o fenômeno. Ainda assim, Borges destaca um caso célebre registrado como sendo de clarividência. Foi uma pesquisa experimental realizada nos anos 20 pelos professores franceses Charles Richet e Gustave Geley com o engenheiro polonês Stephan Ossowiecki. Em um dos testes, Ossowiecki precisava adivinhar o conteúdo de envelopes fechados. “Estou num zoológico, uma luta está acontecendo com um animal grande, um elefante. Ele não está na água? Vejo a sua tromba enquanto nada. Vejo sangue”, descreveu o polonês. “Bom, mas não é tudo”, observou Geley durante o experimento. “Espere, ele não está ferido na tromba?”, interrompeu Ossowiecki. “Muito bem, houve uma luta”, reconheceu o cientista. “Sim, com um crocodilo”, emendou o polonês. A frase dentro do envelope era: “Um elefante se banhando no Ganges foi atacado por um crocodilo, que mordeu a sua tromba”.

Em 1923, durante um congresso internacional de pesquisa psíquica, em Varsóvia, Ossowiecki adivinhou parte do conteúdo de uma nota embalada várias vezes em papéis coloridos e guardada num envelope lacrado. A nota trazia desenhos de uma bandeira e de uma garrafa. No canto, havia uma data: agosto, 22, 1923. O polonês conseguiu reproduzir a bandeira e a garrafa, mas escreveu a data desta forma: 19-2-23. Mesmo assim, Ossowiecki foi ovacionado.

Mas a polêmica em torno dessas adivinhações persiste e, até hoje, os parapsicólogos não chegaram a uma explicação sobre o seu mecanismo. “Enquanto a pesquisa sobre as relações mente-cérebro não alcançarem um patamar de maior clareza a respeito de experiências psíquicas e estados cerebrais, é temerário procurar uma explicação científica consistente para os fenômenos psi”, diz Borges (“fenômenos psi”, para quem não sabe, é como alguns estudiosos se referem aos fenômenos parapsicológicos). “Temos dados sugestivos, temos procedimentos metodológicos confiáveis, mas não dispomos de meios para operacionalizar, com segurança, essas experiências.”

 

 

 

Experiência de Quase Morte

Postado há 16th July 2010 por Marco Antonio Batista Cunha

Marcadores: escrito pela jornalista Ana Paula Miranda (ano 2007) Texto publicado no site Ultra Portal

http://consciencia-cristica.blogspot.com.br/2010/07/experiencia-de-quase-morte.html

 

“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de maior aflição física, ouve seu médico declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou toque de campainhas, e ao mesmo tempo se sente movendo muito rapidamente através de um longo e escuro túnel. (…) Assiste às tentativas de ressurreição deste ponto de vista inusitado em um estado de perturbação emocional. Depois de algum tempo, acalma-se vai se acostumando à sua estranha condição. (…) No entanto, descobre que precisa voltar para a Terra, que o momento da sua morte ainda não chegou.” Foi assim que o psiquiatra americano Dr. Raymond Moody Jr descreveu a EQM (Experiência de Quase Morte).

O Dr. Moody foi pioneiro em estudos sobre EQM com a publicação de seu livro Life After Life (A Vida depois da vida) em 1975, onde ele menciona o termo “Near-death experiences” (Experiências de Quase Morte) pela primeira vez, após estudar 150 casos de EFC (Experiências Fora do Corpo) relatados por pacientes que se encontravam em estado de coma ou tinham sido dados por mortos pelos médicos.

Segundo o parapsicólogo Valter da Rosa Borges é preciso perceber que nem toda EFC é uma EQM, mas que toda EQM é uma EFC. “Quando a EFC ocorre em situações nas quais uma pessoa é considerada clinicamente morta, ela passa a se denominar “experiência de quase morte” ou EQM. Em consequência, a EQM não é indício de sobrevivência post-mortem, porque se houvesse realmente morte estaríamos perante um caso de ressurreição. No entanto, todos os que passaram por essa experiência têm a certeza absoluta de que estiveram no mundo espiritual e que a morte não existe”, diz ele.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup dos EUA vinte e dois milhões de americanos passaram por uma EQM entre 1980 a 1981. Mas as verdadeiras razões para o fenômeno da EQM ainda geram polêmica e dividem a sociedade, entre as explicações da ciência e das religiões.

Apesar de vários médicos conceituados como, por exemplo, o Dr. Moody e o Dr. Melvin Morse autor do livro Closer to the Light – Learning from the Children (Mais Perto da Luz – Aprendendo com as crianças) já terem publicado estudos sobre EQM, muitos médicos e cientistas não acreditam que a EQM seja uma experiência em que o espírito sai do corpo e experimenta sensações do que supostamente acontece quando o corpo morre ou do que o espírito encontra após a morte. “Muitos médicos e cientistas afirmam que a EQM, na verdade, é causada pela insuficiência de oxigênio no cérebro (hipóxia). Portanto, para eles, a EQM é um fenômeno fisiológico cerebral, e isso explicaria as imagens que os pacientes têm de seres de luz, túneis, experiências extracorpóreas (saída do corpo), etc.” explica o psicólogo e pesquisador Osvaldo Shimoda.

Segundo Valter da Rosa Borges, o neurocirurgião Wilder Penfield constatou que, estimulando o lobo temporal de alguns pacientes, durante uma cirurgia cerebral, eles tiveram a sensação de estarem deixando seus corpos. Mas apenas alguns dos pacientes tiveram essa sensação. Raymond Moody observou que as sensações de ser levado através de um túnel escuro foram reveladas com frequência por pacientes submetidos à anestesia (principalmente com éter).

O médico pediatra Melvin Morse ressalta que a experiência da luz não tem origem conhecida no cérebro. “Numerosos pesquisadores científicos têm documentado que cada elemento da EQM: a viagem pelo túnel, a visão de parentes mortos, a recapitulação da vida, visões do céu – pode ser localizado no lobo temporal direito.”, diz Valter da Rosa Borges.

Já para os espíritas as EQMs são uma prova de que existe vida após a morte. Segundo entrevista feita por Érika Silveira com o psiquiatra espírita Franklin Ribeiro publicado no site da revista Cristã de Espiritismo, A EQM, independentemente das “provas” científicas, a EQM evidencia a vida após a morte do corpo, assim como casos de xenoglossia responsiva (quando o médium responde em uma língua que não possui conhecimento), os casos sugestivos de reencarnação, a transcomunicação instrumental, a experiência fora do corpo, a regressão a vidas passadas etc.

O famoso psiquiatra Carl Gustav Jung disse: “Eu não acredito que a mente humana morra, porque está provado que a mente humana não conhece passado, nem presente, nem futuro; contudo, se ela pode prever acontecimentos futuros, está acima do tempo, e se está acima do tempo, não pode ficar trancafiada num corpo”.

Os evangélicos também creem na sobrevivência da alma, porém de uma maneira diferente que os espíritas. Como podemos ler no texto a seguir publicado pelo Pr. Airton Evangelista da Costa da Igreja Assembleia de Deus em seu site palavra da verdade. “Em Lucas 16.22 está escrito, conforme palavras de Jesus, que o mendigo Lázaro morreu e “foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”. A alma do injusto rico seguiu para um lugar de tormentos. O apóstolo Paulo desejou “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Esta afirmação denota mudança imediata, sem interrupção, sem intervalo. Demonstra que Paulo sabia que a sua alma entraria imediatamente na presença de Deus. A imortalidade da alma não é doutrina estranha às sagradas Escrituras. Creio na verdade dita por Jesus: podem matar o corpo, mas a alma não morrerá”, escreveu Airton.

 

REVISTA ISTO É

CARTAS DO ALÉM

18 de October de 2009

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