Humanizando e simplificando a pesquisa em parapsicologia (*) – Valter da Rosa Borges

VALTER DA ROSA BORGES

 

 

RESUMO

 

Neste trabalho nos propomos a rediscutir as relações entre parapsicólogos e agentes psi, e o procedimento metodológico que possa facilitar as manifestações paranormais em laboratório.

Alertamos para a necessidade de unir a experiência dos pesquisadores da Metapsíquica com as investigações da Parapsicologia, adotando estratégias que possam humanizar e simplificar a experimentação científica.

Esquecer os trabalhos dos nossos antecessores e/ou subestimá-los é uma inadmissível postura de arrogância intelectual que em nada contribui para o desenvolvimento da Parapsicologia.

Propomos também a utilização de testes para a simplificação e redução de custos da pesquisa em laboratório com a desejável segurança de controle, em clima de descontração e confiança, sem constrangimento para o pesquisado,  visando a melhoria de resultados.

Enfatizamos a adoção do método quantitativo-estatístico-matemático e do método qualitativo de conformidade com a natureza do fenômeno observado e sempre diversificando os alvos do experimento.

E, finalmente, informamos o que o IPPP fez e continua fazendo no campo da pesquisa, apesar dos parcos recursos financeiros de que dispõe.

 

ABSTRACT

 

We propose, in this paper, to discus, one more, the relationship between parapsychologist and psy agents, as the methodological behavior that can facilitate paranormal manifestations at laboratory.

We alert to necessity of joining the experience of Metapsychics researchers with Parapsychology investigations by using strategies that can humanize and simplify scientific experimentation.

Forget the works of our antecessors and/or to undervalue them is an inadmissible position of intellectual arrogance that it does not help the development of Parapsychology.

We also propose the make use of tests to simplify and reduce the costs for research at laboratory with desirable safety of control, within of spontaneous and confidential context in order to assurance the best outcomes.

We emphasize the utilization of quantitative-statistic-mathematic method and qualitative method according the nature of observed phenomena and always diversifying the experimental goals.

And, finally, we inform what our IPPP does and remains doing in research field, in spite of little financial resources that it has.

 

A nossa inteligência rotineira está de tal maneira ordenada, que se recusa admitir o que é inabitual.

Charles Richet

 

 

Introdução

 

Durante mais de três décadas de pesquisas, temos observado que as relações entre parapsicólogos e agentes psi, desde a época da Metapsíquica, praticamente não evoluíram. Em regra geral, a atitude é a mesma: atenção voltada mais para o fenômeno do que para o seu agente, e a constante, quase obsessiva, preocupação pela fraude até mesmo nos experimentos mais simples.

 

Os casos espontâneos, que constituem a quase totalidade da fenomenologia psi, sempre parecem suspeitos, pouco se levando em conta a seriedade das testemunhas e do agente psi eventual. Se o fenômeno parapsicológico espontâneo não foi presenciado por um parapsicólogo, ele é tido como suspeito ou inexistente. E mesmo que o pesquisador estivesse presente, o seu testemunho nem sempre é aceito por seus colegas.

 

A pesquisa dos casos espontâneos é mais freqüente com os fenômenos de “poltergeist” que é visto com certa benevolência, principalmente quando chama a atenção pública e a da imprensa, e são investigados por um pesquisador qualificado.

 

Investigamos quase duas dezenas de “poltergeist” nas cidade do Recife e de Olinda e sempre  procuramos orientar as pessoas envolvidas, orientando-as acerca da natureza do fenômeno e do comportamento a ser adotado nas suas manifestações. Em primeiro lugar, procuramos ajudar as pessoas, mesmo em detrimento da pesquisa e assegurar o seu direito ã privacidade, poupando-as de entrevistas por escrito, fotografias, filmagem e publicação de seus nomes. O último deles foi transformado em livro pelos nossos companheiros Renato Barros e Isa Wanessa, porque as pessoas envolvidas permitiram fossem feitas sem quaisquer restrições.

 

Sabe-se que o fenômeno psi se caracteriza por sua espontaneidade e, em muitos casos, dentro de um contexto emocional. Este fator emocional não pode ser reproduzido artificialmente e, por isso, na experimentação em laboratório, deve ser substituído pela motivação do pesquisado em relação ao experimento, o que, em raras ocasiões, pode  resultar em uma manifestação psi. Acontece, porém, que poucos são os parapsicólogos que conseguem despertar a motivação do pesquisado, mantendo um bom “rapport” com ele.

 

Humanização da pesquisa

 

É preciso humanizar a pesquisa parapsicológica, criando condições favoráveis para que o fenômeno psi possa ocorrer e, não, provocar situações que tornem difícil e até mesmo impossível produzi-lo. A pesquisa psi é uma parceria e o pesquisado deve ser conscientizado de que ele é um pesquisador especial porque, apoiado pela equipe de parapsicólogos, pode deflagrar a manifestação paranormal.

 

Muitas vezes, o agente psi não se sente confortável na pesquisa e, de certo modo, se vê coagido a produzir fenômenos que não dependem de sua vontade. Pode ainda sentir-se como alguém que não merece confiança ou na condição aviltante de cobaia em experiência de laboratório. Essa impressão lhe é causada pela postura impessoal do pesquisador, principal-mente se ele parte da premissa de que todo agente psi, em princípio, não merece confiança e, por isso, deve ser rigorosamente vigiado como um fraudador em potencial. Por outro lado, um laboratório sofisticado pode ser um fator inibitório no desempenho do possível agente psi, não acostumado ao clima emocionalmente asséptico da pesquisas.

 

Com razão afirmava Gustavo Geley:

“El manejo de un instrumento humano, el médium, es bastante más complicado y difícil que el manejo acostumbrado de los instrumentos de física o de las substancias químicas”.

 

Isto é o que parece ignorar certos parapsicólogos, cépticos e mágicos, na descabida  pretensão de que a natureza humana seja regida pelas rígidas leis da física.

 

Advertiu Geley que o “problema del a experimentación mediumnica consiste en la creación de un ambiente favorable. Si esta condición esencial no se realiza, no hay, por decirlo así, posibilidad de éxito.”

 

E proseguiu:

“Por esta razón es absurdo y vano esperar resultado alguno de “concursos”, “desafíos” u “oferta de premios” a los médiums. Aun siendo muy poderosos, los médiums, aislados y, además, contrariados por las voluntades divergente su hostiles de un “jurado” quedan reducidos a la impotencia.

Por análoga razón el “examen” de un médium por un “Comité de estudios”, compuesto de sabios mal preparados para el trabajo que emprenden, es de los más aleatorios. Si ese Comité no se interesa activamente en ese trabajo, si no experimenta en simpatía con el médium, no obtendrá sino resultados mediocres o nulos.”

 

Entendia, ainda Geley que, para as condições de um bom rendimento de um experimento, o médium (agente psi) deve desfrutar boa saúde, estar de bom humor, ter confiança nos pesquisadores e se sentir confortavelmente.

 

Por outro lado, devemos estar atentos ao “estrelismo” de “médiuns” consagrados e daquelas pessoas que fazem exibições de paranormalidade em programas de televisão e  costumam aparecer, com muito alarde, na mídia.

 

Brad Steiger transcreve uma opinião de Olof Johnson sobre o assunto.

“En primer lugar, son demasiados los parapsicólogos que hacen creer al sensitivo que les interesa más lo que pueden sacar de él que lo que hay en él de ser humano. Algunos de ellos dan la impresión – aunque sé que no es esto lo que en su interior piensan – de que sacrificarían de buena gana todas las energías del sujeto, e incluso su vida, en aras de la ciencia.”

 

E mais adiante:

“En mi opinión, los parapsicólogos deberían celebrar ciertas reuniones informales con el médium antes de iniciar las pruebas propiamente dichas. Tendrían que contar con que se requiere un período de tiempo más o menos largo para que se creen las condiciones adecuadas, antes de iniciar cualquier clase de experimento. Tal como van las cosas ahora, con demasiada frecuencia el parapsicólogo entre como una tromba, charla animadamente durante tres minutos, y acto seguido pasa a realizar el experimento. Sencillamente, así no hay tiempo de que se establezca alguna clase de relación entre el sujeto y el experimentador.”

 

René Sudre recomendava, para o êxito da experiência parapsicológica, que o médium deve “respirar a benevolência e a confiança”, pois ele percebe, por telepatia, os sentimentos hostis dos presentes e fica improdutivo. Por isso, Sudre critica as famosas comissões oficiais para a investigação de médiuns, “composta de pessoas cépticas, algumas vezes maliciosas e brutais”, as quais pouco ou nada obtém dos fenômenos que pesquisam. Esses investigadores “podem mesmo, por sugestão mental, propiciar a fraude num médium muito receptivo”. Assim, ele recomenda, nas experimentações, a presença de pessoas com as quais o médium simpatize, seja por amor ou por atração sexual, pois isso favorece a manifestação do fenômeno.

 

J.B. Rhine teceu interessantes considerações sobre certas regras a serem observadas na pesquisa:

“Quanto mais puder o pesquisador transmitir entusiasmo sadio, confiança e estímulo aos pacientes, tanto melhores as suas possibilidades de êxito. Alguns pacientes exigem atitude desafiadora, outros, simpatia. Alguns necessitarão que sua atenção fique impedida de concentrar-se demasiado nos resultados e na técnica de seu trabalho; outros deverão ter a plena confiança do investigador.”

 

Recomendou também que o pesquisador “deve manter alto nível de interesse por parte do paciente durante todas as experiências”, porque “se houver uma situação que distraia fortemente o paciente – como a presença de certo número de testemunhas, ou ser ele “colocado em maus lençóis” – é certo haver malogro.”

 

É possível que, por deformação profissional, quem lida com a matéria e com máquinas não tem, geralmente, habilidade para lidar com pessoas. Do mesmo modo, certos mágicos procuram explicar os fenômenos psi como resultados de manipulações de sua arte. Assim, a cada fenômeno imitado por prestidigitação, fica provada a sua inautenticidade. Para eles, em conclusão, todo e qualquer agente psi é um mágico disfarçado ou um charlatão. E parecem sugerir, veladamente, que, por sua habilidade na arte do ilusionismo, podem investigar os alegados e pretensos fenômenos psi com mais competência do que os cientistas. Porque, afinal, sob a sua óptica, tais fenômenos não existem.

 

Vê-se, de logo, que certos mágicos, cépticos e parapsicólogos ignoram (ou fingem ignorar) esses princípios basilares da pesquisa parapsicológica e se comportam de maneira contrária aos mesmos, propondo desafios e prêmios aos agentes psi para provarem a sua para-normalidade. Presunçoso e ignorante é o agente psi que aceitar o desafio, pois correrá o enorme risco de ser desmoralizado. Se, por acaso, conseguir êxito, o desafiante vai sempre alegar a possibilidade de fraude, apesar de todas as evidências em contrário. Ou seja: trata-se de um jogo de cartas marcadas no qual haverá sempre um vencedor – o desafiante.

 

O fenômeno psi é sempre probabilístico. Assim, dado a, provavelmente b. Ou em outras palavras: dadas certas circunstâncias, a aptidão do APC poderá ser ativada. Acontece, porém, que essas circunstâncias variam entre os APCs e, assim, é necessária uma observação cuidadosa dos pesquisadores para detectar as circunstâncias que favorecem a manifestação psi em cada APC pesquisado. Por isso, é fundamental o papel do parapsicólogo na orientação do APC para familiarizá-lo com as características de sua paranormalidade, favorecer a deflagração da psi e talvez melhorar o seu desempenho.

 

O problema da fraude

 

Em certa ocasião, tecemos comentários sobre a postura de certos parapsicólogos em relação ao agente psi. O mais extremado deles, o Pe. Oscar Quevedo, afirmou enfaticamente:

“Quem nunca frauda não é sensitivo. Não é sensitivo quem domina seu inconsciente até tal ponto que não se veja impelido a fraudar, ao menos inconscientemente, quando o fenômeno que se espera não sai autêntico”.

 

Por isso, comentamos:

“O Pe. Quevedo foi radical na sua premissa: só é sensitivo quem frauda, ao menos inconscientemente. Logo, todo fenômeno paranormal é sempre suspeito, porque todo e qualquer médium frauda, ainda que nunca tenha sido pego em fraude.”

 

Todavia, em outra obra, Quevedo fez um pequeno reparo em sua afirmação anterior. Disse ele:

“A fraude em si mesma, e mais claramente, o intento de fraude, por si mesmo não prova que um médium fraude sempre. Todos os dotados são levados irresistivelmente a fraudar quando estão desejosos de realizar um fenômeno parapsicológico que não acaba de surgir. O inconsciente dos dotados está “à flor da pele”; o inconsciente é irresponsável.”

 

Ora, se todos os médiuns são levados irresistivelmente a fraudar, eles fraudam sempre, ou, ao menos, tentam sempre fraudar, pois ninguém pode resistir ao irresistível. A emenda resultou em novo paradoxo.”

 

Robert Amadou foi menos radical:

“Conservemos, portanto, uma extrema prudência: quase todos os grandes médiuns fraudaram – raramente, às vezes, freqüentemente – sendo muito provável que todos que todos fraudaram em qualquer momento de sua carreira.”

 

Ele não afirmou peremptoriamente que todos os grandes médiuns fraudaram, mas que é “muito provável” que, em alguma ocasião, praticaram fraude. Tal afirmativa nos leva à melancólica conclusão de que todo agente psi é um fraudador em potencial. Será que aos pequenos “médiuns” se aplica a mesma premissa? Em caso afirmativo, por que perdemos nosso valioso tempo lidando com essa espécie de indivíduos em razão dos quais se estruturou a pesquisa psi? Será que os parapsicólogos são ingênuos ou inclinados a um singular masoquismo intelectual?

 

Charles Richet também não confiava nos “grandes médiuns de efeitos físicos”, sob o argumento de que eles têm “uma quase invencível tendência para a fraude, o que torna ainda mais difícil uma constatação irrepreensível”. Aliás, Richet confessou que tinha “pavor de ser enganado”.

 

Finalmente, Richet fez uma afirmação da qual parcialmente concordamos:

“Façamos experiências com os médiuns, seres raros, privilegiados, admiráveis, e convençamo-nos de que eles têm direito ao nosso integral respeito, mas que também são passíveis da nossa desconfiança integral”.

 

Concordamos que o agente psi, como toda pessoa humana, merece o nosso integral respeito e, mais ainda, se possível, a nossa estima, mas discordamos de que eles são” passíveis da nossa desconfiança integral”. Até prova em contrário, toda pessoa é honesta e essa atitude de desconfiança explícita ou não, é um fator que pode prejudicar o desempenho do agente psi. Ninguém se sente à vontade em um ambiente onde as pessoas desconfiam da seriedade de seu trabalho, mesmo que, aparentemente, seja respeitado.

 

Ora, se todo agente psi frauda ou é inclinado a fraude, por que se tenta validar cientificamente a Parapsicologia se o seu objeto não é uma realidade, mas produto da velhacaria do pesquisado e da ingenuidade e incompetência dos pesquisadores, alguns dos quais de grande respeitabilidade científica tanto no passado quanto no presente?

 

A participação do pesquisador

 

Já na época da Metapsíquica, Gustave Geley reconheceu o papel desempenhado pelo pesquisador no êxito ou fracasso da experiência psi:

“Conceder exclusivamente al médium el mérito de una sesión  feliz o la responsabilidad de un fracaso es un erró absoluto.

Mérito y responsabilidad son siempre colectivos, como lo son las experiencias mismas.

Cuando se emprende el estudio de la mediumnidad, es indispensable considerar por igual al médium y a los experimentadores, puesto que (nunca insistiremos demasiado sobre el-lo) el médium y los experimentadores tienen una parte igual en éxito y en el fracaso.”

 

A observação de Geley ficou experimentalmente constatada, quando, em 1972, vários membros da Toronto Society for Psychical Research, obtiveram fenômenos de psicocinese após tê-los simulados várias vezes. A simulação, assim, serviu de indutor da manifestação psi, que resultou, assim, de um trabalho de grupo, sem que nenhum deles assumisse a função de agente psi.

 

Milan Rizl afirmou que o fenômeno metapsíquico não deve ser considerado como produção isolada de um médium, mas, sim, do médium e do grupo que o cerca: é uma função co-letiva.

 

Devemos ver o agente psi como pessoa e não simplesmente como objeto de pesquisa. Como poderemos compreendê-lo se não nos interessamos por ele, mas sim pelo fenômeno? Estudamos as manifestações psi e tentamos submetê-las à metodologia científica, mas descuramos da pessoa que as produz. Conhecer a personalidade do agente psi, o seu modo de ser, a sua visão da realidade é de fundamental importância para o entendimento das características de sua paranormalidade. Por isso, no IPPP, antes de iniciarmos a pesquisa com a pessoa que pensa ser dotada de aptidão psi, nós a entrevistamos e, em seguida, explicamos o objetivo de cada teste da experimentação.

 

Os fenômenos psi acontecem, apesar da oposição fanática e delirante dos céticos e de alguns mágicos, estes mais preocupados com a sua promoção pessoal. Daí, a sua ânsia incontrolável de aparecerem na mídia para invalidar fenômenos paranormais, imitando-os e lançando esdrúxulos desafios para a sua comprovação. Se eles não sabem que fenômenos psi dificilmente ocorrem em situações coercitivas, são ignorantes e, portanto, incompetentes para criticar a pesquisa parapsicológica. Porém, se sabem, agem de má fé, cegos pelo seu fanatismo ou pelo desejo de promoção pessoal. A postura do IPPP é não perder tempo precioso debatendo com tais pessoas. Não precisamos defender a Parapsicologia, como se fosse uma cruzada, mas fortalecê-la na pesquisa científica, adotando métodos compatíveis com os fenômenos apresentados e, principalmente, estabelecendo um excelente “rapport” entre pesquisadores e agentes psi para que os fenômenos que, em regra geral, ocorrem espontânea-mente, possam também, pelo clima da pesquisa, ser reproduzidos experimentalmente com o concurso de todos os participantes.

 

O parapsicólogo poderá, como profissional, orientar as pessoas estão passando por  experiências aparentemente paranormais e, segundo o caso, enviá-las a outros profissionais se se tratar de problemas emocionais ou de saúde. Se se tratar, porém, de um agente psi, o parapsicólogo deve orientá-lo quanto às características da sua paranormalidade e realizar experimentos para que ele se familiarize com seu talento.

 

O efeito do observador

 

O parapsicólogo, por mais que queira ser isento, é um “observador”, e, nessa condição, altera sempre o estado psicossomático do agente psi, influindo no seu desempenho. Na verdade, ele é também um participante da experiência por mais neutro que se imagine ser no seu relacionamento com o agente psi. Portanto, o fenômeno parapsicológico é uma experiência compartilhada ocorrerá ou não, de conformidade com a natureza da relação entre os pesquisadores e o pesquisado.

 

Robert H. Thouless observou que “hay evidencias considerables de que la personalidad del experimentador es también un factor importante que influye sobre los resultados de un experimento parapsicológico”.

 

É sabido que cada pessoa se comporta diferentemente na presença de pessoas diferentes e também se comporta de maneira diferente com a mesma pessoa em ocasiões diferentes em decorrência de fatores físicos e psicológicos. Ora, como então se esperar que o agente psi apresente o mesmo desempenho com pesquisadores diferentes? Assim, não prospera o argumento de que se um pesquisador obteve êxito com determinado agente psi e outro pesquisador não, a experimentação do primeiro deve ser considerada inválida ou insatisfatória. Ou seja: o pesquisador mal-sucedido é que tem razão, porque foi o outro que se mostrou incompetente na direção da pesquisa. Esse argumento é esdrúxulo e insustentável até para quem conhece um pouco sobre a complexidade do ser humano.

 

Milan Rizl também ressaltou o efeito do observador na experiência psi. Disse ele:

“Sin embargo, la tarea de conseguir una repetibilidad completa será difícil, a causa de una característica especial de los experimentos parapsicológicos. En las demás ciencias, el investigador se siente como un observador imparcial del fenómeno – como si lo mirase desde cierta distancia o a través de un cristal -, e intenta evitar cualquier interferencia personal con el mismo. En parapsicología, el experimentador influye directamente sobre el fenómeno  observa- do, y el mismo sujeto puede actuar de un modo completamente diferente según los diferentes observadores. También en psicología es posible que el sujeto reaccione de diferente modo, por ejemplo, dependiendo de si el observador lo hace sentirse tranquilo o nervioso. Sin embargo, en parapsicología la influencia del observador es mucho más fuerte, y el efecto mucho más delicado. El experimentador puede influir sobre el sujeto no sólo a través de la comunicación normal (palabras, gestos, lenguaje corporal, etc.), sino también telepáticamente”.

 

Observou, ainda, que embora a percepção extra-sensorial seja “independiente de las condiciones físicas o biológicas, en cambio es muy sensible a las condiciones psicológicas (en particular condiciones tales como el cambio de humor de perceptor)”. Assim, reconheceu que “las condiciones que afectan a la PES son de naturaleza psicológica”.

 

A experimentação psi em laboratório, para obter melhores resultados, deve seguir uma orientação lúdica e, não, desafiadora. O provável agente psi não deve pressionado para obter resultados. Nem se sentir responsável pelo êxito ou fracasso dos experimentos. O importante é que ele passe a confiar nos pesquisadores e perceba que tem a confiança deles. Ele não pode ser tratado como uma cobaia ou como alguém com propensão à fraude. Lidar com pessoas é um talento que poucos pesquisadores possuem, principalmente aqueles especializados em ciências da natureza. Lidar com o psiquismo humano, complexo e imprevisível, um sistema de múltiplas variáveis, muitas das quais desconhecidas, é extremamente difícil. As atividades psíquicas, principalmente as de natureza psi, não são passíveis de controle experimental rígido, porque são imprevisíveis e irrepetíveis, podendo ser apenas observadas em satisfatórias condições experimentais. O agente psi não é uma coisa que pode ser manipulada à vontade pelos pesquisadores, como a matéria, porque não está sujeito às leis da física. Além disso, o ser humano tem o direito de ser tratado com respeito e dignidade e não deve satisfazer aos caprichos de pesquisadores impacientes e imediatistas apenas interessados na obtenção dos fenômenos.

 

É de uma lastimável irracionalidade exigir a obtenção de um fenômeno psi, criando os mais diversos obstáculos à sua manifestação. Certos pesquisadores querem que os fenômenos aconteçam do jeito que eles querem e não do jeito como eles acontecem. Exigem a submissão dos fenômenos às regras que estabelecem, e alguns se julgam mais atilados do que os pesquisadores do passado. É uma petulância digna de comiseração e apenas reflete o narcisismo de quem se julga o dono da verdade.

 

Simplificação da pesquisa

 

Toda pesquisa científica é muito onerosa. E raras são as instituições de pesquisa que podem arcar com os seus custos e obter os recursos necessários para sua execução. O IPPP é uma dessas instituições de pesquisa que se incluem na regra geral e, por isso, padece de uma compulsória e crônica franciscanidade. Mas isto não é fator impeditivo da nossa atuação no campo do magistério e da investigação em Parapsicologia.

 

Uma das características básicas das atividades do IPPP é o exercício da criatividade na pesquisa psi. Sempre valorizamos a experiência dos nossos antecessores e procuramos enriquecê-las com novas variáveis. Algumas dessas variáveis não surtiram os resultados espe-rados e outras que estão sendo testadas, já se revelam, inicialmente, promissoras.

 

  1. a) Baralho IPPP

 

Concebido, à luz da topologia, por Ronaldo Dantas Lins, foi utilizado, com resultados satisfatórios pelo falecido parapsicólogo argentino Naun Kreiman, com resultados melhores do que o tradicional baralho Zener. A descrição deste teste se encontra no último livro que Ronaldo publicou.

 

  1. b) Teste da cadeira ocupada

 

Ele nos foi inspirado no experimento do teste da cadeira vazia, utilizado por Willem Tenhaeff com o agente psi Gerard Croiset.

 

Com o concurso de seis pessoas (uma das quais na função de Agente Psi) e utilizando o baralho Zener, transformamos o teste da cadeira vazia, de natureza qualitativa, em um experimento quantitativo-estatístico-matemático, onde cada símbolo – quadrado, círculo, ondas, cruz e estrela – é substituído e representado por uma pessoa. Ao lançamento de cada carta, a pessoa que a representa vai ocupar a cadeira vazia e, assim, lance após lance, o Agente Psi procura adivinhar qual dos cinco participantes nela se encontra, perfazendo um total de vinte cinco tentativas.

 

Esse experimento centrado em pessoas e não em símbolos vem respaldado na experiência de alguns agentes psi, que repudiaram o teste realizado com o baralho Zener.

 

Eileen Garret declarou que “os símbolos de papelão não fizeram qualquer apelo emocional direto para os impulsos mediúnicos da minha própria natureza e nem revelaram quais- quer novos fatores inconscientes, dentro de minha estrutura mental”.

 

Lilian Bailey, em entrevista concedida a W. F. Neech, confessou a sua grande dificuldade em lidar com as cartas Zener. Disse ela:

“Fiz experiências com as cinco cartas usadas nos testes do Prof. J. B. Rhine. Nunca consegui sucesso algum.”

 

Harold Sherman também manifestou a mesma queixa:

“Nunca pude obter resultado sempre elevado nas provas de cartas do PES, porque falta às mesmas o fator emocional”.

 

Oliver Lodge constatou que Eleonora Piper fracassou muitas vezes na leitura de cartas fechadas, demonstrando, porém, um extraordinário índice de acertos, quando se punha, por telepatia, em contato com pessoas desconhecidas e, por psicometria, com pessoas ausentes.

 

Em maio de 1951, J. B. Rhine esteve na Holanda e foi apresentado a Gerard Croiset, por Willem Tenhaeff. Na ocasião, Rhine convidou Croiset para testá-lo com o baralho Zener. Croiset recusou o convite, alegando:

“Eu respeito muito o seu trabalho, Dr. Rhine. Mas eu não gosto mesmo de adivinhar cartas. Eu tenho de estar emocionalmente envolvido num caso de criança desaparecida ou de alguém em dificuldade.”

 

  1. c) Teste de sondagem telepática

 

Inventamos este experimento que se desdobra em duas modalidade: com pessoa desconhecida e presente; com pessoa desconhecida e ausente.

 

Na primeira modalidade, o pesquisado procura descrever, por escrito, em documento apropriado, as suas impressões sobre a pessoa-alvo que está à sua frente, anotando o que ela pensa ou sente naquele momento, assim como fatos importantes de sua vida. Durante o experimento, o pesquisador não permite que o pesquisado e a pessoa-alvo se comuniquem. Assim que o pesquisado conclui as suas impressões, entrega o documento ao pesquisador e este faz a leitura do que foi escrito para avaliação da pessoa-alvo, cujos comentários são devidamente registrados em outro papel para a formação do protocolo de pesquisa.

 

Na segunda modalidade, a única diferença é que a pessoa-alvo desconhecida se en-contra oculta em outro aposento. O procedimento é o mesmo da modalidade anterior.

 

  1. d) Teste Ossowiecki

 

O nome do teste representa uma homenagem a Stephan Ossowiecki, um dos grandes médiuns da época da Metapsíquica, pesquisado por Gustave Geley e Charles Richet. Nos testes de clarividência, ele revelava o conteúdo de envelopes fechados, que continham frases ou imagens. Segundo René Sudre, essas experiências “jamais tiveram insucesso”.

 

No IPPP, estamos repetindo esse experimento. É um teste de alvo desconhecido, tipo duplo cego, porque o pesquisador responsável pelo experimento ignora o conteúdo do envelope lacrado, que lhe é entregue por outro pesquisador. A escolha do objeto-alvo entre os vários envelopes fechados é aleatória. O envelope escolhido recebe a assinatura do pesquisador, e o pesquisado escreve, em documento apropriado, as suas impressões sobre o conteúdo do envelope. Ao término do experimento, e entregue o documento ao pesquisador, faz-se a abertura do envelope, comparando-se o que foi escrito com o objeto alvo. A abertura é feita na presença do pesquisado, do pesquisador e de outros parapsicólogos presentes, convidados para testemunhar o ato.

 

  1. e) Teste Cayce em vigília

 

Edgar Cayce, outro notável agente psi, visitava, enquanto dormia, a residência da pessoa, objeto da consulta e que ele desconhecia. Nessa situação, Cayce descrevia o estado de saúde do visitado e revelava outros detalhes a respeito de sua vida.

 

No IPPP, esse teste é realizado com o pesquisado em estado de vigília e a descrição da pessoa-alvo é feita em documento apropriado. O documento é levado, posteriormente, à pessoa-alvo para conferência do mesmo. Embora as pessoas-alvos que participam do experimento sejam conhecidas dos pesquisadores, os seus nomes e endereços serão colocados em envelopes fechados, depois misturados, e um deles será escolhido pelo próprio pesquisado.

 

Outros testes

 

No IPPP, também realizamos testes de psicometria, visão remota, cabina psicomântica e transcomunicação instrumental ou TCI.

 

Os testes de psicometria não estão sendo satisfatórios. Porém os testes de visão remota Recife-Buenos Aires, realizados, em 2001, por Jalmir Brelaz de Castro e Naun Kreiman, apresentaram resultados significativos. O agente psi foi a nossa colega Simone Wanderley.

 

A cabina psicomântica, concebida por Raymond Mood Jr. se encontra em fase expe-rimental, e as pesquisas com TCI apresentaram alguns dados interessantes que ainda estão sendo cuidadosamente analisados.

 

Pesquisa com médiuns

 

A época rhineana da pesquisa parapsicológica com pessoas comuns obteve resultados estatísticos convincentes, evidenciando que psi faz parte das potencialidades do ser humano.

 

Já havíamos observado:

“Agente Psi é o homem na situação de deflagrador do fenômeno paranormal. Qualquer pessoa pode, eventualmente, passar por experiências paranormais. Ou seja: funcionar como Agente Psi, visto que, potencialmente, todo ser humano é dotado desta aptidão.”

 

Na verdade, raras são as pessoas que apresentam essa aptidão de forma expressiva e habitual. Por isso, nós a denominamos de agente psi confiável (APC), reservando às pessoas que, esporadicamente, manifestam esse potencial, o nome de agentes psi eventuais.

 

O nosso critério, na definição, do APC, é quantitativo, operacional, pragmático. O APC é a pessoa que, habitualmente, apresenta fenômenos psi e por isso, na sua presença, há uma alta probabilidade de ocorrerem tais fenômenos.

 

Em mais de três décadas de pesquisa, constatamos a aptidão psi em algumas pessoas como Manoel Rabelo Pereira (“Pai Eli”), o falecido José Macedo de Arruda (“Irmão Macedo”), Arismar Lobo, Mônica Alecrim, Ana Cláudia de Albuquerque Lopes e Jacques Andrade. As pesquisas com Mônica e Ana Cláudia foram registradas em livros por seus pesquisadores mais assíduos, os nossos colegas do IPPP Maria da Salete Rego Barros e Erivam Félix Vieira, respectivamente. Infelizmente, não concluímos a pesquisa com o médico e médium espírita Edison Queiroz, porque o “espírito” “Dr. Fritz” que, inicialmente havia proposto ser pesquisado pelo IPPP, de súbito mudou de idéia, alegando discordar da metodologia que lhe foi apresentada para a investigação de suas “cirurgias mediúnicas”. O fato causou repercussão na imprensa, e o Diário de Pernambuco publicou, em algumas edições, a polêmica entre a Federação Espírita de Pernambuco e o IPPP.

 

Também é preciso ressaltar que vários parapsicólogos do nosso Instituto já passaram (e alguns ainda passam) por experiências paranormais. Daí, facilidade com que eles se relacionam com as pessoas que alegam estar passando por essas experiências, criando, de logo, um clima de confiança entre pesquisador e pesquisado, o que facilita a motivação para a pesquisa.

 

Pretendemos, no próximo semestre, lançar um livro com os depoimentos dos nossos colegas, relatando e comentando as suas experiências psi.

 

Este ano, retomamos alguns experimentos da velha Metapsíquica e nos voltamos para a pesquisa com pessoas que desempenham o papel de médium nos centros espíritas e nos terreiros de Umbanda. Estamos, desde o início de janeiro, fazendo experiências com médiuns de Umbanda nas dependências do IPPP. Para isso, conseguimos convencê-los de que as pessoas podem obter os mesmos fenômenos que os médiuns obtêm sob a influência dos “espíritos”. E também os convencemos de que a sua mediunidade não seria afetada se eles também possuíssem aptidões parapsicológicas. “Pai Eli”, um dos mais famosos babalorixás do Brasil, e meu amigo de mais de trinta anos, concordou, de boa vontade, em permitir que seus médiuns fossem pesquisados, não no seu centro, denominado de “Lar de Ita”, mas no IPPP. Assim, até agora, estamos realizando experimentos com seis de seus médiuns, que de logo se adaptaram à metodologia cientifica e tentam realizar fenômenos sem a assistência dos seus Orixás.

 

A experimentação controlada é sempre uma simulação para predispor o agente psi ao fenômeno paranormal. Assim, procura-se substituir a emoção pela motivação e são poucos os pesquisadores capazes de obter essa motivação. É necessário que o parapsicólogo, além do seu preparo em metodologia científica, tenham também habilidade para lidar com o objeto de sua pesquisa, no caso o agente psi. Cada área científica é mais bem sucedida quanto menos complexo for o objeto de sua investigação. Por isso, a sua metodologia não é aplicável ao experimento de fenômenos mais complexos como os parapsicológicos.

 

É de fundamental importância que o parapsicólogo convença o pesquisado de que os procedimentos metodológicos empregados na pesquisa não importam em falta de confiança ou proteção contra a fraude, mas, sim, como garantia para a confiabilidade científica da experimentação. A confiança entre o pesquisado e os pesquisadores é o ponto de honra do experimento.

 

Também é necessário desmistificar o talento psi e advertir o pesquisado de que não se trata de um “dom de Deus”, nem algo que torna uma pessoa especial. Há pessoas têm talento para a música, as artes plásticas, a literatura, os esportes, etc, e isto não é um indicativo de que são pessoas especiais. O narcisismo mediúnico é fruto de uma atenção exagerada, e até mesmo de uma veneração, às pessoas que manifestam fenômenos psi. Este “estrelismo” é perigoso e pode levar os chamados “médiuns” a fraudar para manter em alta o seu prestígio.

 

Conclusão

 

A ciência é uma aventura. O verdadeiro cientista, um aventureiro. O método é apenas o seu modo de viajar, mas que pode mudar segundo as circunstâncias da viagem. Se o método não é capaz de enfrentar fatos desconhecidos, deve-me mudar o método e não preconceituosamente negá-los. O espírito crítico investe contra o dogmatismo e o conservadorismo, que transformam a pesquisa científica num engessamento intelectual. A essência da ciência é a provisoriedade do conhecimento, porque jamais existirá uma ciência acabada, porém cientistas acabados, definitivamente impermeáveis aos desafios do novo. Atingidos pela invalidez da rotina intelectual, acastelam-se em suas certezas, tornam-se senilmente sedentários e esclerosados no seu saber ultrapassado.

 

A fenomenologia psi não pode ser tratada como um exotismo, mas como um desafio que poderá redundar no conhecimento mais profundo das potencialidades humanas. Não podemos observar as coisas com olhos míopes e reduzir a realidade à nossa dimensão cognitiva. Assim, sob esse aspecto, as nossas limitações passam a ser o limite de tudo.

 

A grande força da Parapsicologia consiste na interdisciplinaridade com as mais diversas áreas do conhecimento. É de suma importância estudar os aspectos fisiológicos da experiência psi, as influências culturais, a personalidade do agente psi e os resultados práticos dessa fenomenologia para a melhoria do ser humano e a compreensão do psiquismo como um todo.

 

O futuro da Parapsicologia depende exclusivamente dos parapsicólogos, com a prática de uma metodologia científica adequada à natureza de cada fenômeno psi e da criatividade do pesquisador em humanizar e simplificar experimentos, observando as condições que favoreçam a manifestação psi.

 

(*) Trabalho publicado nos Anais do II Encontro Psi, realizado em abril de 2004, em Curitiba, Paraná.

 

 

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