Parapsicologia: Ciência e Profissão (*)

SUMÁRIO

 

Pretendemos, neste trabalho, discutir a Parapsicologia como ciência e profissão, definindo sua real identidade perante as demais ciências e fixando a sua competência profissional.

Na abordarem da Parapsicologia como ciência, ressaltamos a sua definição classificatória, a sua metodologia cientifica, as questões ligadas à pesquisa e à postulação de uma teoria da paranormalidade. Também não esquecemos os problemas específicos da Parapsicologia e aqueles resultantes de suas relações com as demais ciências, ensejando especulações altamente prodittivas e complexas para a compreensão cada vez mais ampla e profunda das potencialidades do homem.

Finalmente, tecemos considerações sumárias sobre uma epistemologia parapsicológica, com base em trabalhos apresentados em simpósios e congressos.

No que concerne à Parapsicologia como profissão, destacamos o problema da formação acadêmica do parapsicólogo através de cursos de pós-graduação, lato sensu, e da balização do mercado de trabalho do parapsicólogo com a caracterização de suas atividades privativas.

Finalmente, pucuramos, também, traçar o perfil do parapsicólogo, na condição de cientista e/ou de profissional, assina­lando a natureza de suas funções e os limites de sua competência.

 

A PARAPSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

 

Definimos a Parapsicologia como a ciência que tem por objeto o estudo e a pesquisa cios fenômenos paranormais.

O fenômeno paranormal consiste em eventos incomuns de natureza psíquica, biológica e física, produzidos, via de regra,

pelo psiquismo inconsciente do homem, constituindo uma aptidão especial da natureza humana. O homem, portanto, até prova em contrário, é a causa exclusiva do fenômeno paranormae Por isso, o denominamos de agente psi.

O vocábulo Parapsicologia é insuficiente conceitualmente para abranger toda a riqueza fenomenológiea de seu objeto. A palavra Psicobiofisica é a que mais se adequa para expressar, em sua totalidade, o universo paranormal. Em coerência com este ponto de vista, apresentamos, em 1985, (1) a seguinte proposta para definir os campos da Psicobiofisica, da Parapsicologia e da Psicotronica.

Psicobiofisica – ciência que estuda a fenomenologia pa, ranormal como um todo.

Parapsicologia – disciplina da Psicobiofisica que estu da os fenômenos de psi-garra

Psicotrônica – disciplina da Psicobiofisica que estuda os fenômenos de psi-kapa

É claro que, a essa altura, a expessão Parapsicologia se firmou em caráter definitivo, mas a nossa proposta teve por ojetivo evidenciar a sua insuficiência semântica e clarificar a sua competência fenomenológiea.

A Parapsicologia é uma ciência que, por sua extensa interdisciplinaridade, se situa tanto no campo das ciências humanas e sociais, por seus fenômenos de psi-gama, como no carrpo das ciências da natureza, por seus fenômenos de psi-kapa. O método, em Parapsicologia, por isso, deve variar segando o tipo do fenômeno paranormal investigado. Na verdade, o fundamental na pesquisa é a experiência e a sensibilidade do pesquisador. O método é secundário, porque a sua aplicação adequada depende da habilidade e da competência do homem que o aplica. Ele é quem, segundo cada caso concreto e específico, escolhe o método correto no momento certo.

Em 1987, em trabalho monográfico, (2) postulamos uma teoria da paranormalidade fundamentada nos seguintes postulados: a) a paranormalidade é um fato natural, embora incomum; b) homem é a causa exclusiva do fenômeno paranormal; c) o fenómeno paranormal é produzido, geralmente, pelo psiquismo inconsciente do ser humano.

E observamos que a experiência tem demonstrado que: a) qualquer pessoa humana é suscetível de, eventualmente, se pôr na situação de agente psi; b) quanto mais poderoso for o agente psi confiável, mais alta será a probabilidade de, em sua presença, ocorrerem fenômenos pararomais. (Denominamos de agente psi confiável a pessoa que, habitualmente, passa por experiências paiapsicológicas: é o paranormal, propriamente dito. Já o agente psi é qualquer pessoa que deflagra um fenômeno paranormal, ainda que uma só vez na vida)

A pesquisa parapsicologica não lida com fenômcnos certos, mas prováveis. E o gau de probabilidade de sua ocorrência depende da potencialidade do agente psi confiável. Alás, somente o agente psi confiável é suscetível de investigações controladas e significativas.

Em 1985, o Instituto Pernarnbucano de Pesquisas Psico-biofísicas – I.P.P.P. – apresentou o seu Modelo Geral da Parapsi- cologia (MGP), no qual reconhece a função psi como’ ‘o conjunto de todos os elementos circunstanciais que pode produzir o fenô-meno paranormal”. Estes elementos circunstanciais são: a) o agente psi – qualquer pessoa que deflagre o fenômeno paranormal, sendo sua presença condição necessária, mas não suficiente, para a produção do fenômeno; b) o meio psi – o espaço onde ocorre o fenômeno paranormal; c) o campo psi – o domínio de ação das atividades superiores do cérebro e que interage com a estrutura energética do espaço.

O MGP estabelece que os fenômenos paranormais são constituidos basicamente de informação (psi-gama) e de energia (psi-kapa) os quais receberam o nome genérico de fluxo psi. Se a informação prepondera sobre a energia, temos o fluxo psi informacional; em caso contrario, o fluxo pai energético. O fluxo psi é denominado de endo-psi, quando a informação ou a energia se transfere do nível inconsciente para o nivel consciente do agente psi. E de exo-psi, quando o agente psi, nas suas relações com o meiopsi, exterioriza ou recolhee conteúdos informacionais òu energéticos. O MGP “investiga o homem na situação de sistema aberto, como provável centro de relações fenomenológicas de alta complexidade” e “não se propõe a resolver problemas insolúveis, tais como as relações mente-corpo, a essência do conhecimento ou da realidade, etc” e também “não trata de questões transcendentais ou metafísicas por não dizerem respeito ao objeto da Parapsicologia”. O MGP, no entanto, reconhece que assuntos como o da sobrevivência pessoal do homem é matéria de especulação interdisciplinar e de interesse marginal da Parapsicologia (3).

Argumentamos, em outra ocasião,  que os fenômenos paranormais, embora incomuns, são suscetíveis de investigação pelo

método científico por atender satisfatoriamente a três de suas exi-gências: a previsibilidade, a controlabilidade e a repetibilidade.

O fenômeno paranormal é previsível porque a sua ocorrência é altamente provável na presença de um agente psi confiável. É controlável porque, mediante sua própria experiência, o agente psi confiável é capaz de sentir o momento em que o fenômeno começa a acontecer, facilitando o seu controle pelo pesquisador. E é repetível porque, via de regra, um agente psi confiável se especializa numa modalidade de fenômeno paranormal, podendo, em condições favoráveis, obter a sua replicação.

 

Avaliamos, também, uma epistemologia para a Parapsi-cologia, segundo a qual o conhecimento paranormal (psi-gama) apresenta as seguintes características: a) não se origina dos sentidos e nem da atividade racional; b) é elaborado em nível inconsciente e, depois, se transfere para o nível consciente; c) o seu conteúdo transcende os conhecimentos e as aptidões que o agente-psi apresenta em seu nível consciente.

O conhecimento paranormal pode ser explicitado sob forma de automatismo motor (principalmente na psicografia), de alucina­ções telepáticas (notadamente as visuais), de personificação (possessões, incorporações ou dissociação da personalidade) ou por meio de indução material (psicometria e radiestesia)”

Argumentamos, em outra monografia, (4) que a precognição não é fonte ou modalidade do conhecimento psigâmico, mas, sim, sua característica, pois a mente humana é capas de conhecer a realidade a realidade, independentemente dos parâmetros de tempo e espaço. E observamos que, além das duas fontes externas do conhecimento paranormala telepatia e a clarividência, existe uma fonte interna – a criptomnésia – como explicação para a xenoglossia, a qual não pode originar-se do mundo exterior através da percepção extra-sensorial Não há qualquer evidência de que uma pessoa possa, por telepatia ou por clarividência, falar ou escrever, fluentemente, em idioma que, em nível consciente, desconhece.

O conhecimento paranormal, portanto, apresenta características que o diferenciam do conhecimento normal e daí resulta a pre­mente necessidade de uma nova epistemologia para uma compreensão mais abrangente dos processos cognitivos. A paranorrnalidade consiste num conhecer e num agir do ser humano além dos limites habituais dos processos cognitivos e das extensões corporais. Paranormal,assim, é sinônimo de supranormalidade: uma evidência de que o homem do que revela em seu desempenho habitual, em sua rotina biológica e psíquica. Paranormal, portanto, é tudo o que excede o comumente humano, permanecendo humano.

Sabemos que somos limitados, mas ainda não conhecemos todos os nossos limites. Por isso, nos condicionamos às nossas rotinas, bloqueando, inadertidamente, as nossas potencialidades. A experiência paranormal é o extravasamento súbito e impetuoso de nossas aptidões adormecidas.

Na verdade, fomos educados a não ultrapassar os nossos limites, sejam eles sociais, biológicos e psíquicos. O habitual se torna, assim, uma sólida camisa de força, impedindo movimentos inconvencionais e, por isso, considerados perigosos. Se o homem normal (ou normalizado) é aquele que já não sente a sua camisa de força, pois se encontra, para sua desgraça, satisfatoriamente ajustado a ela.

O fenômeno paranormal é essencialmente catastrófico. Ele rompe todas as expectativas e fronteiras, afrouxa as camisas de força, fende as muralhas das certezas convencionais, muda a fisionomia estereotipada do homem e restaura o prestígio do inédito.

O paranormal é fato humano. A sua inabitualidade pode decorrer do próprio comodismo psicológico do ser humano, sempre cioso de estabelecer limites para si mesmo e neles permanecer pacificamente. Normal, assim, é tudo aquilo que o homem a si mesmo se impôs ou que lhe foi culturalmente irnposto. O normal não é, pois,  uma medida confiável, mas uma limitação consentida. É o que o homem normalizou no seu território ontológico.

O conhecirnento das atividades do psiquismo inconscien-te, as relações mente-matéria na permuta de energia e informação são, sem sombra de dúvida, os problemas especificos de maior relevância e da mais alta prioridade aa investigação do fenômeno paranormal. Dai, a necessidade de estreitarrento das relações interdisciplinares da Parapsicologia com as demais ciências, notadamente com a Psicologia e a Física, para o aprofundamento da discussão desses problemas

A hipnose interessa ao parapsicólogo como adjutório para a facilitação da experiência paranormal em situação experimental

controlada.

A alucinação interessa ao parapsicólogo, quando resulta da decodificação simbólica de uma experiência psigâmica

A personificação interessa ao parapsicólogo, quando o processo dissociativo da personalidade enseja, o conhecimento para­normal e enseja o conhecimento paranormal.

Exige-se, por isso, do parapsicólogo que, além do seu co nhecimento especializado, seja detentor de uma sólida cultura geral e também dotado de espírito ao mesmo tempo crítico e criativo para dosar o rigor da experimentação científica com a audácia das formulações teóricas.

 

A PARAPSICOLOGIA COMO PROFISSÃO

 

Mais do que nunca, é necessário definir a atuação do parapsicólogo como profissional, caracterizando as suas atividades, a fim de determinar a sua competência laborativa e, conseqüentemente, o seu mercado de trabalho.

Em 1988, o Conselho Regional de Parapsicologia (CONREP) DA 7ª Região, criado pela Federação Brasileira de Parapsicologia (FEBRAP) e com sede no Recife, acolheu a proposta do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas – I.P.P.P. – identificando o perfil profissional do parapsicólogo e a transformou na Resolução nº 01/88, de 12/03/88.

Basicamente, o parapsicólogo pode atuar em três áreas bem definidas: a) magistério; b) pesquisa; c) consultório.

 

MAGISTÉRIO

 

Como professor de nível superior, o parapsicólogo pode lecionar Parapsicologia como disciplina eletiva de outros cursos de

graduação, em cursos de extensão universitária e em cursos de pós-graduação, lato sensu.

Enquanto não houver situação favorável para a implantação do curso de graduação em Parapsicologia, é mister a manutenção dos cursos de pós-graduaçâo já existentes, como acontece em Curitiba (Faculdade de Ciências Bio-Psíquicas do Paraná) e no Recife (Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas – I.PPP.) e a criação de novos cursos em outros Estados, visando a formação, em curto prazo, de uma comunidade científica e profissional de parapsicólogos devidamente credenciada.

O I.P.P.P., com a orientação da Delegacia do MEC, em Pernambuco, iniciou, em 1988, o seu Curso de Pós-Graduaçâo, Lato Sensu, Especialização em Parapsicologia, inclusive com a exigência de defesa pública de monografia para obtenção de certificado, após aprovação da banca examinadora.

 

PESQUISA

 

Como pesquisador, o parapsicólogo pode trabalhar indivi-dualmente ou ligado a uma instituição de pesquisa.

Pode dedicar-se a pesquisa teórica, elaborando hipóteses e experimentos ou eleger o trabalho de campo ou de laboratório, sendo recomendável que, em relação ao primeiro, esteja familiarizado com as artes mágicas ou se faça assessorar, nas investigações de possíveis fenômenos paranormais (notadamente os de psi-kapa), por um ilusionista de sua confiança.

Pode, ainda, dedicar-se a aplicação de testes parapsicológicos e treinamento de paranormais (agente psi confiável), como também emitir laudos e pareceres técnicos, e ainda realizar perícias.

A sua atitude fundamental na pesquisa é de cauteloso ceticismo, de dúvida metódica, quando da observação de um fenômeno aparentemente paranormal, visto tratar-se de um fato incomum e, por isso, pouco frequente. Duvidar sempre até que a dúvida se torne, finalmente, insustentável,  é o melhor procedi- mento na investigação parapsicológica.

Em situação de laboratório, é quase impossível evitar o constrangimento, ao menos inicial, do pesquisado. Dificilmente, e-le adquire espontaneidade durante as experiências controladas. E um mínimo de bloqueio psicológico, resultante de um sentimento inconsciente de coação, pode ser suficiente para impedir a manifestação do fenômeno paranormal ou, ao menos, diminuir a sua intensidade. Por isso, toda mensuração fenomenológica, nestas circunstancias, é quase sempre precária e não reflete o potencial de um agente psi confiável. O parapsicólogo, portanto, deve estar sempre consciente de que a pesquisa controlada, embora necessária, é, infelizmente, insuficiente para uma avaliação satisfatória, devendo ser complementada pela análise acurada dos casos espontâneos de manifestações paranormais do pesquisado.

A sofisticação instrumental pode também intimidar e inibir o pesquisado, fazendo-o sentir-se na condição de cobaia e psi­cologicamente inferiorizado perante um pesquisador exigente e sua parafernália de misteriosos aparelhos e instrumentos. Paranormais famosos, como Olof Jonsson e Eileen Garret, se queixaram da frieza dos procedimentos de pesquisa que não levam em consideração a sua situação de pessoa humana. Tem razão, pois, Brad Steiger(5), quando observa:

“La mayoria de los investigadores producen la impressión de ser enemigos, más bien que aliados de las personas  dotadas de facultades extrasensoriales. Éstas se quejan del ambiente aséptico que reina en los laboratorios parapsicológicos; del porte frio
y a menudo falto de humanidad de los  investigadores y de la falta de consideración que éstos tienen hasta cosas tan humanas como son la aprobación, las muestras de aliento y de comprensión que aligerarían La pesadez y La monotonia de las pruebas de ESP.”

Já havíamos advertido, em nosso primeiro livro de Parapsi cologia, (6) que “o insucesso de muitas experiências reside, não ra
ras vezes, na incompetência ou inabilidade dos pesquisadores” pela inobservância de certas regras de pesquisa, entre as quais
podemos destacar a) o clima de bom relacionamento entre os pesquisadores e o pesquisado; b) a            realização das experiências em ambiente tranquilo e confortável; c) o estímulo à autoconfiança do agente psi em suas aptidões, mantendo elevada a sua motivação pela pesquisa.

Por outro lado, o paranorrnal deve ser orientado pelo parapsicólogo no sentido de se familiarizar com o seu talento psi, a fim de exercer um razoável controle sobre as manifestações do fenômeno e utilizá-lo em seu próprio beneficio ou de terceiros.

É preciso, no entanto, conscientizar, cada vez mais, o público nde que os fenômenos paranormais não podem ser tratados por pessoas leigas, por melhores que sejam as suas intenções, mas por profissionais habilitados, no caso, os parapsicólogos. No Recife, este trabalho já vem sendo realizado, desde 1973, pelo Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas – I.P.P.P. – e, como resultado de todo esse empenho, a Constituição do Estado de Pernambuco, promulgada em outubro de 1989, inseriu, no seu Artigo l74, o paranormal entre as pessoas aos quais o Estado e os Municípios estão obrigados a prestar assistência social.

 

CONSULTÓRIO

 

Como orientador, o parapsicólogo pode montar seu consul- tório para atendimento e orientação de pessoas que, direta ou indi retamente, estejam passando por experiências paranormais, sendo-Ine, porém, vedado praticar qualquer tipo de psicoterapia, a não ser que, além de parapsicólogo, seja psicólogo ou psiquiatra,

A empatia entre o parapsicólogo e o seu cliente é de irrportância fundamental para o êxito do atendimento. Após ouvir e analisar o relato do cliente, o parapsicólogo, de maneira clara e objetiva, deve esclarecê-lo sobre a natureza de suas experiências, caso sejam realmente paranormais, orientando-o quanto a atitude que deve adotar em relação as mesmas, o que redundará, na maioria dos casos, na redução ou eliminação de seus temores e no seu reequilíbrio emocional.

Se se tratar de um agente psi confiável – o que é rarissimo – o parapsicólogo, além da orientação inicial, deverá sugerir ao cliente que inicie um treinamento parapsicológico, a fim de se familiarizar com a sua aptidão paranormal, desenvolvendo condicionamentos adequados para controlar razoavelmente os fenômenos e evitar ficar a sua mercê O agente psi confiável, devidamente treinado, saberá identificar as circunstâncias e condições em que o fenômeno ocorre, podendo, por isso, influir sobre ele, facilitando ou impedindo a sua manifestação, segundo as suas conveniências pessoais.

 

Mercado de trabalho

 

O mercado de trabalho do parapsicólogo está, portanto, claramente demarcado e definido, cabendo-lhe, agora, exercer a sua profissão, pouco importando que, até o momento, não esteja ainda regualmentada. A criação de associações de classe é o primeiro passo para se alcançar esse objetivo.

 

Perfil do parapsicólogo

 

O parapsicólogo ideal deve apresentar as seguintes características: a) sólida cultura geral, visto ser a Parapsicologia uma ciência de extensa interdisciplinaridade; b) espírito aberto a concepções arrojadas, devidamente ccntrabalanceado por uma atitude perrnanenternente critica; c) neutralidade operativa no trato dos fenômenos sem se deixar influenciar por suas convicções filosóficas ou crenças religiosas no curso das pesquisas: d) diálogo permanente com cientistas de outras áreas, visando ao enriqueci- mento de temas pertinentes à investigação parapsicológica; e) consciência lúcida dos problemas específicosn da Parapsicologia e a usca incansável de estratégias para a sua solução; f) orientação sempre centrada no homem para a compreensão e utilização, cada vez maior, de suas potencialidades.

 

CONCLUSÃO

 

Todos os tópicos abordados neste trabalho, de maneira superíicial e sumária, foram suscitados à guisa de sugestão e de reflexão, visando a uma discussão direcionada ao desenvolvimento da Parapsicologia em nosso país. De nossa parte, fica-nos, ao menos, a certeza de que contribuímos, embora numa parcela modesta, para subsidiar esse ermpreerdimento.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

  • A Demarcação da Parapsicologia. Trabalho apresentado no I Encontro Nacional de Pesquisadores no Campo da Parapsicologia, Psicobiofísica e Psicotrônica e no IV Congresso Nacional de Parapsicologia e Psicotrônica, realizados em Brasília, de 5a 9 de junho de 1985. Publicado no livro “Parapsicologia: um Novo Modelo (e outras teses)” de Valter da Rosa Borges e Ivo Cyro Caruso, edição do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas, 1986.
  • Fundamentos para uma Teoria da Paranormalidade. Trabalho apresentado no VI Congresso Brasileiro de Parapsicologia e Psicotronica, realizado em Belém, Para, em 1987.
  • Parapsicologia: um Novo Modelo (e outras teses). Edição do Instituto Pernambucano de Pesquisas Pácobiofisicas, 1986.
  • Epistemologia Parapsicológica (Uma Nova Proposta (Conceitual para o Fenômenode Psi-Gama). Trabalhoapresentado no I Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, em Recife, no ano dePublicado no livro “Parapsicologia: um Novo Modelo (e outras teses)”, de Valter da Rosa Borges e Ivo Cyro Caruso. Edição do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas, 1986.
  • Brad Steiger. Las lAxpericncias Psíquicas de Olof Jonsson. Edicio nes Martinez Roca, SA Barcelona, Espanha.
  • Valter da Rosa Borges. Introdução ao ParanormaL Edição do Insti tuto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas, 1976.

 

(*) Primeiras Conferências Eclipsy de Parapsicologia. São Paulo-1990.

 

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