Instituto de Pesquisas diz o que realizou ano passado

O Instituto Pernambu­cano de Pesquisas Psicobiofísicas, no ano de 1983, realizou vasto programa de atividades, promovendo 10 palestras e 15 cursos, culmi­nando com a realização do I Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, no Auditório da Universidade Católica de Pernambuco e com o apoio desta instituição.

O êxito da promoção ul­trapassou as expectativas, dado o alto nível cultural que alcançou. Os assuntos abordados, em 12 conferên­cias, foram de excepcional relevância, destacando-se entre eles “Epistemologia da Parapsicologia”, por Valter da Rosa Borges, “Umbanda e Transe”, por Roberto Motta, “As Bases Teóricas das Coincidências”, a cargo de Attilio Dall’Olio, “Parap­sicologia e Hipnose”, por Lamartine Holanda Jr. e “O Problema da Sobrevivên­cia”, por Ivo Cyro Caruso.

Constou, ainda, de vi­vências paranormais, com a apresentação dos sensitivos Manuel Rabelo Pereira (Eli) e José Macêdo de Arruda (Irmão Macêdo), os quais re­alizaram demonstrações de suas faculdades paranormais. Como convidado especial, o professor Alberto Moura Frend realizou números de prestidigitação, demonstrando como podem ser simulados certos fenôme­nos paranormais.

A PARAPSICOLOGIA

Desde que vem sendo estudada cientificamente, a partir de 1932, por iniciativa do psicólogo Rhine, nos Es­tados Unidos, a parapsicolo­gia tem dividido bastante as diversas correntes de pensa­mento. Há uma linha mais comum, que defende o con­ceito psicofisiobiológico, de energia psíquica, ou biopsíquica, para justificar os po­deres da mente. O termo pa­rapsicologia se justapõe, en­tão, ao de psicologia. Esta, estuda o consciente, as fun­ções condicionadas e incondicionadas, com suas varie­dades de escolas: reflexológica (Pavlov), comportamental (Watson, benaviorismo), da forma (Gestalt) ou freudiana com todas as suas subespecialidades. A parapsicologia estuda forças que não podem ser mediadas e. por isso, são desconheci­das.

No Recife, o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, presidido pelo professor Valter Rosa Borges, relaciona os fenóme­nos parapsicológicos em duas categorias: psi-gama e psi-kapa, adotadas oficial­mente no I Congresso Inter­nacional de Parapsicologia, de Utrecht, Holanda, em 1953, propostas pelos profes­sores R. H. Thouless e B. P. Wiesner. No momento, o IPPB considera essa conceituação muito limitada, em­bora a respeite, realizando estudos para chegar a mo­delo mais abrangente.

 

DIÁRIO DE PERNAMBUCO
Recife, domingo, 1 de janeiro de 1984

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