A regulamentação profissional do Parapsicólogo está sendo defendida, na Câmara Municipal do Recife, pelo vereador Paulo Fernando Immisch, do PMDB, através de solicitação à bancada pernambucana na Câmara e no Senado Federal, para que aprove o anteprojeto nesse sentido, que tramita no Congresso Nacional, “uma vez que as atribuições dessa ciência fazem fronteiras com a Física, Biologia, Filosofia, Psicologia e outras ciências”.
“Diante da incontestável existência dos seres paranormais, ou seja, dotados de extraordinária força mental, consciente ou não, como o recente caso de uma adolescente, no Edifício Paris, na Av. Cruz Cabugá, que elevava e destruía vidros, inconscientemente, como foi do conhecimento público, através da Imprensa, sendo acompanhada pelo trabalho do parapsicólogo Valter da Rosa Borges, torna-se plenamente justificável que essa profissão seja reconhecida em nosso País”.
“Nesses e em tantos outros casos, a atuação desses estudiosos abnegados tem sido de grande valia, nos mais diversos setores da atividade, desde os problemas em família até os ramos do Direito, ajudando a esclarecer fatos tidos como inexplicáveis e conscientizando os portadores a conviverem com sua personalidade, através de meios adequados ao seu controle conforme estudos publicados pelo Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas.”
“A regulamentação da profissão de parapsicólogo -, reforça Paulo Immisch – será um justo reconhecimento dessa ciência no Brasil, oficialmente nascida no Congresso Internacional de Ciências Psíquicas, realizado na Holanda, em 1953, e que através dos anos de pesquisas, cada vez mais, adquiriu novos conhecimentos, na transformação do inconsciente em conhecimento científico, já que a paranormalidade é um fenômeno extraordinário da natureza humana e não de dimensão transcendental ou espiritual”. “Sabemos que a Psicologia, regulamentará há anos no Brasil, é irmã gêmea da parapsicologia. Ambas empenhadas na compreensão do psiquismo humano, diferindo unicamente no seu campo de pesquisa e metodologia, já que a primeira atende os psiquicamente sadios e a outra trata dos fenômenos insólitos desempenhados pelo homem.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO
6 de abril de 1987.